quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Roma e sua Arquitetura

A ARQUITETURA ROMANA - VÍDEO CONSTRUINDO UM IMPÉRIO
FONTE: Enciclopédia Livre e YouTUBE  /  THE HISTORY CHANNEL
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A arquitetura Antiga Romana é um importante legado da civilização romana para o mundo ocidental. Embora às vezes considerada como derivada da arquitetura grega, diferenciou-se por características próprias. Alguns autores agrupam ambos estilos designando-os por arquitetura clássica.
Alguns tipos de edifícios característicos deste estilo propagaram-se por toda a Europa, nomeadamente o aqueduto, a basílica, uma grande rede de estradas, a domus (residência), arcos do triunfo e o Panteão. Os monumentos romanos se caracterizam pela solidez; aprenderam com os etruscos o emprego do arco, assim como a abóbada ou teto curvo, que os gregos e egípcios não conheceram. Construíram também catacumbas, fontes, obeliscos,pontes e templos.

A longevidade e a extensão do Império Romano explicam o porquê de monumentos e edificações serem tão notáveis e numerosos em comparação com outras civilizações antigas. Construções importantes foram executadas na época da República e do Império. O Panteão, por exemplo, atravessou os séculos e chegou à atualidade em bom estado de conservação. O local, cujo diâmetro da planta baixa é igual à altura da cúpula, erguido para servir de morada dos deuses, representa um dos marcos da engenharia e arquitetura romanas.

As estradas construídas pelos romanos também revelam técnicas sofisticadas de construção. É o caso da Via Appia, a mais famosa das estradas que saíam de Roma. Outro ponto de destaque da arquitetura da época são os aquedutos, exemplo da associação entre construção e funcionalidade. Eles propiciaram o abastecimento das cidades antigas com a chegada de água originária de colinas e montanhas a mais de 80 quilômetros de distância.



Algumas características da arquitetura da Roma antiga ainda hoje são usadas. Os aquedutos continuam a fornecer água para algumas vilas modernas. As abóbadas instaladas desde os tempos da Antiguidade Clássica pelos romanos ainda compõem alguns núcleos de casas. E o cimento, que começou a ser usado na época da República de Roma, ainda é importante elemento de construção.

A arquitetura romana caracterizou-se pela forte influência dos modelos etrusco e grego, e pode ser dividida em duas fases estilísticas: primeiro o estilo pré-imperial (republicano), e posteriormente o estilo imperial. Enquanto o estilo republicano se consolidou principalmente na arquitetura, como são exemplos o Teatro de Marcelo e a Basílica Júlia, o estilo imperial se expandiu no domínio das artes.

Diferentemente da arquitetura grega, na romana o trabalho técnico dos engenheiros era predominante. As soluções para novos modelos de construção são mais importantes que a decoração artística, de forma que a funcionalidade sobressai. Ainda hoje temos exemplos desse traço da arquitetura romana nas ruínas de vários edifícios, pontes, aquedutos e outras obras, além das rotas que ligavam o Império Romano, como a Via Appia (312 a.C.) e a Via Flaminia (220 a.C.).

Entre as inovações técnicas, o período republicano destacou-se pelo uso de uma espécie de cimento, composto por diferentes materiais, que permitiram um melhor desenvolvimento das construções. Além das pedras e tijolos utilizados, o cimento romano permitia a formação de uma liga na junção dos materiais, tornando as construções mais sólidas. A partir do século II a., os arquitetos trabalhavam com dois novos materiais de construção: o opus caementicium (concreto armado) e olatericium (ladrilho que tinha mais versatilidade que o concreto). Com combinação dos dois novos materiais era possível construir obras de enormes dimensões e ao mesmo tempo leves. Os principais materiais utilizados nas construções eram pedra cortada em blocos regulares, tijolo de concreto, alvenaria, madeira, gesso, mármore e azulejos.

Outra mudança ocorrida nas formas de construção e nos materiais utilizados foi a retomada do uso do mármore no período da República Romana. A variedade de materiais antes empregada, como a argila, o calcário e algumas pedras específicas, utilizadas pelos etruscos, cedeu lugar ao mármore, apontando a forte influência grega neste período. Também as abóbadas surgiram do projeto dos gregos, mas foram os romanos que conseguiram empregá-las nas construções, expandindo o seu uso para os espaços externos dos edifícios. Aperfeiçoando a forma, criaram as abóbadas em berço e as abóbadas de aresta, transformando-a no elemento central da sua arquitetura.

Os arcos também são considerados característicos na arquitetura romana e é nos aquedutos que o seu uso é mais perceptível. Os arcos sustentam a estrutura e transformam a construção em obra de arte, tornando harmônica a obra. O exemplo mais surpreendente de aqueduto romano ainda hoje é a Pont du Gard perto de Nîmes, na França. Os aquedutos possibilitaram o uso mais abrangente da água, que por meio destes podia ser escoada para as cidades e locais distantes da fonte.

As basílicas, outro exemplo da arquitetura romana, eram grandes edifícios construídos em praça pública que abrigavam diversas funções: profanas, políticas, comerciais e judiciais. Pela largura da construção, abrigavam todos os elementos arquitetônicos e artísticos da época. Em geral o espaço alongado era sustentado por colunas em arco e as laterais abrigavam abóbadas nos tetos.

Durante o período republicano outro aperfeiçoamento arquitetônico a partir do modelo grego aconteceu no teatro. Mantendo o espaço aberto utilizado pelos gregos, os romanos, no entanto, introduziram novas características. O teatro antes construído sobre uma depressão para facilitar a localização da plateia passou a ser construído em solo plano. A divisão entre a plateia e o palco é feito por uma linha reta, e constrói-se uma fachada ao fundo do palco, inovando a dimensão espacial.

Na construção dos templos, os romanos empregaram os estilos de capitel grego nos adornos das suas colunas, valorizando o estilo coríntio com folhas de acanto em favor do dórico e do jônico, menos rebuscados.

Por: Carlos Nanes
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